terça-feira, 17 de abril de 2012

Projeto de Leitura - O Mundo através da Leitura e da Escrita

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E TURISMO
ESCOLA MUNICIPAL ELINAS DIAS – ENSINO FUNDAMENTAL – SÃO MIGUEL/RN


O MUNDO ATRAVÉS DA LEITURA E DA ESCRITA

1 JUSTIFICATIVA


          A leitura ainda é o melhor caminho para que educando e educadores tornem-se sujeitos construtores de saberes. De ordem filosófica, científica, epilinguística e prévios os conhecimentos não se isolam, interligam-se para dar consistência a multiplicidade e fazer com que nos tornemos cidadãos críticos e conscientes, frentes as realidades que circundam entre nós.
          De acordo com os PCN's, a leitura pode ser concebida como um processo pelo qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação de texto, a partir de seus objetivos, acionando o seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem.
Sendo assim o professor é o regente da “orquestra”, profissionalizou-se para definir caminhos político-pedagógicos que garantam condições para a aprendizagem das crianças. Estes caminhos incluem a clareza sobre a função social da escola, concepções de educação escolar, de ensino-aprendizagem, de infância, de modos de aprender, entre outras.
          Estas concepções são básicas para a seleção de conteúdos, a definição de metodologias e métodos de trabalho, a organização dos espaços e dos tempos da escola, a organização de turmas, de tipos de atividades, além da definição de rotinas e de propostas didáticas. Sabemos que todas estas questões e fatores têm influência nos modos de ensinar e de aprender, pois

O desafio é formar pessoas desejosas de embrenhar-se em outros
mundos possíveis que a literatura nos oferece, dispostas a identificar-se com o semelhante
ou a solidarizar-se com o diferente e, capazes de apreciar a qualidade literária. (LERNER, 2002, p. 28).


          Ensinar os alunos a ler os mais diferentes gêneros textuais, adquirindo o gosto pela leitura, pode garantir o seu sucesso ao longo de toda a trajetória escolar, além de ampliar a compreensão de mundo dos alunos. Para tanto, é imprescindível que o professor, enquanto mediador de atividades de leitura tenha uma visão multidisciplinar e compreenda que leitura e escrita são metas comuns de todas as áreas do conhecimento, não se restringindo apenas à área de Língua Portuguesa.
          Acredita-se que o professor deva ser um mediador no processo de leitura e escrita. Saraiva (2006, p. 28), afirma que a participação do adulto, “cúmplice e colaborador”, permite que o estudante adquira “a confiança e a coragem de vivenciar a aventura da descoberta” da literatura, que, assim como a arte, provoca um “conhecimento inusitado” a partir da sensibilidade e significação, instaurando novos sentidos.
Diante deste ponto de vista, todos os professores são convidados a entrar na roda e contribuir com o seu olhar e experiências para a formação de leitores. Nesse sentido é importante o incentivo e orientação à leitura, visando tanto o desenvolvimento do gosto pela leitura como à formação de leitores. O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores e, consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem origem na prática de leitura. A leitura, como prática social, é sempre um meio, nunca um fim.
          Nessa perspectiva, a escola deve ter como objetivo formar cidadãos críticos, com opiniões próprias e força de caráter. Isso, em grande parte, se dá com a leitura. Sua prática traz consequências maravilhosas, os conhecimentos de mundo se ampliam prazerosamente, e não ocorrem por imposição. Através da leitura o aluno pode desvendar a existência ao seu redor, e, ao romper seu horizonte de expectativas, amplia seu universo de entendimento. Posicionam-se a respeito quando enfatizam que:
          Para formar um leitor e um produtor de textos competente e autônomo, capaz de compreender e interpretar aquilo que lê construir significados e transformá-los em palavras exige-se do professor uma intervenção adequada, contínua e explícita durante toda a vida escolar do aluno. E essa intervenção deve ocorrer de forma coerente e sistemática antes, durante e depois das atividades de leitura (BRAGA e SILVESTRE, 2002, p. 20).
          Assim, uma prática constante de leitura na escola pressupõe o trabalho com a diversidade de objetivos, modalidades e textos que caracterizam as práticas de leitura de fato. Para tornar os alunos bons leitores – para desenvolver a capacidade de ler, o gosto e o compromisso para com a leitura, precisa fazê-los entender que a leitura é algo interessante e desafiador, algo que, conquistado dará autonomia e independência. Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e escrever.


2 OBJETIVOS
2.1 Geral:
Formar cidadão críticos capaz de atender as exigências dos atos de ler, escrever, interpretar e se comunicar.
2.2 Específicos:
Fomentar o gosto pela leitura e escrita;
Estimular a criação e produção de textos, performances, discussões e debates nas salas intra e extrassala;
Trabalhar com diversos gêneros textuais e discursivos;
Utilizar diversos suportes na apresentação e discussão dos gêneros textuais.



3 AÇÕES
3.1. DE ESCRITA
 Produzir uma coletânea de contos de fadas recontados pela classe;
 Produzir uma coletânea de contos reescritos a partir da visão de um dos personagens da narrativa;
  Produzir fábulas a respeito de preocupações mais atuais das pessoas, ou fábulas humorísticas;
 Produzir um capítulo a mais, a ser inserido em um determinado conto de aventuras lido pela classe ou escolhido pelo aluno;
 Produzir uma coletânea de contos policiais e detetivescos elaborados pela classe;
 Produzir encartes que contenham instruções para jogos criados pela classe.


3.2. DE LEITURA
Produzir um jornal mural temático (por exemplo, sobre clonagem, transgênicos, pesquisas a respeito do genoma humano, perdas que a biosfera vem sofrendo, candidatos da próxima eleição e suas plataformas de governo etc.);
Produzir uma coletânea dos melhores contos de ficção científica (ou outro gênero) escolhidos pela classe;
Produzir uma coletânea das diversas versões já produzidas sobre determinado conto de fadas (ou outro gênero);
Organizar um sarau literário sobre a obra de determinado autor;
Gravar uma fita cassete — ou de vídeo — em que sejam lidos contos ou poemas, para enviar a escolas de portadores de deficiência visual.


3.3. DE LEITURA E ESCRITA
Produzir um suplemento de resenhas críticas;
Produzir um fichário de resenhas das obras que constam da biblioteca e que foram lidas pela classe;
 Produzir fichários com receitas, reportagens, artigos, gráficos, imagens, pinturas, tiras, crônicas, lendas, poesias, textos científicos e instrucionais, verbetes, mapas, propagandas;
Organizar um jornal mural em que se elaborem comentários críticos sobre as principais polêmicas do mês;
Discutir as técnicas de alguns gêneros digitais (e-mail, artigos, blog, twitter; face book...)


3.4. DE LINGUAGEM ORAL
Organizar um seminário sobre tema de interesse da classe;
Organizar uma mesa-redonda para debater determinada questão polêmica;
Realizar uma apresentação expositiva sobre o estande da classe na Mostra de Trabalhos organizada na escola;
Organizar e participar de um debate sobre determinado tema de relevância social (como preconceito racial, internacionalização da Amazônia, trabalho infantil, entre outros).


4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Rodas de leituras;
Leituras informativas e compartilhadas;
Análise textual e de escrita;
Trabalho com textos escritos e visuais;
Gincana com jogos de adivinhação;
Elaboração de paráfrase, paródia..;
Leitura de contos diversos;
Promoção de encontros literários;
Oficinas;
Trabalhos artísticos;
Palestras;
Dramatizações;
Exposição;
Trabalho em grupo;
Aulas expositivas;
Debates.


5 AVALIAÇÃO


          A avaliação ocorrerá de forma processual e progressiva, de modo a verificar o desempenho, a participação, o interesse e a aplicação do estudante no cumprimento das atividades, leituras e discussões, além da interação e empenho em seu grupo de trabalho.


REFERÊNCIAS


BRAGA, R. M.; SILVESTRE, M. F. B. Construindo o leitor competente: atividades de leitura interativa para a sala de aula. São Paulo: Peirópolis, 2002.


BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.


LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.


SARAIVA, J. A. Por que e como ler textos literários. In: SARAIVA, J. A.; MÜGGE, E. (Orgs.) Literatura na escola: propostas para o ensino fundamental. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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